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Oct 13, 2025

Prontuário eletrônico: qual caminho após a interoperabilidade regulamentada

Prontuário eletrônico: qual caminho após a interoperabilidade regulamentada

Com requisitos de interoperabilidade já consolidados, o desafio agora é ir além: garantir fluidez, inteligência e valor ao prontuário eletrônico para transformar os cuidados em saúde.

Tempo de leitura · 1 min

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Equipe Tivita

A partir deste mês de outubro os brasileiros poderão para acessar todo o seu histórico clínico em um só lugar: a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). A rede foi instituída para garantir a interoperabilidade mínima entre prontuários, ou seja, para assegurar que dados essenciais possam ser compartilhados entre prestadores e operadoras tanto da rede pública quanto da rede de saúde suplementar, promovendo continuidade do cuidado.

Com isso, padrões técnicos foram definidos para troca de informações elementares e, no mesmo lugar, estarão disponíveis, por exemplo, exames, prescrições médicas, diagnósticos e tratamentos realizados no SUS e nos hospitais, clínicas e laboratórios conveniados aos planos de saúde.

Esse movimento reafirma que a interoperabilidade já não é mais “algo a ser conquistado”, mas sim um degrau mínimo a partir do qual práticas mais robustas devem emergir. A seguir, confira o que é interoperabilidade, quais são os requisitos mínimos, quais os desafios e como amadurecer essa implementação.


O que é interoperabilidade?

A interoperabilidade é a capacidade de diferentes sistemas trocarem enviarem e receberem de forma segura e fluida. Isso é especialmente relevante na saúde, que lida com alto volume de dados confidenciais e de diversos softwares e origens (clínicas, hospitais, laboratórios) diferentes.


Como ter interoperabilidade?

No Brasil, para ter a interoperabilidade em saúde exigida por lei, é preciso garantir dois pilares regulatórios: a RNDS (SUS) e o Padrão TISS (saúde suplementar).Na prática, os dois sistemas precisam cumprir:


1) Para trocar dados com o SUS (RNDS)
  • Padrão técnico obrigatório: uso do HL7 FHIR para todas as trocas com a RNDS.

  • Modelos oficiais de dados: implementar os modelos publicados (p.ex., RAC, REL, RIA, SA) – são os “pacotes” padronizados de informação clínica que a RNDS aceita.

  • Identificação do cidadão: CPF como identificador preferencial nos registros de saúde.

  • Segurança base: criptografia, controle de acesso e trilhas de auditoria nas integrações com a RNDS.

  • Base legal: tratamento de dados aderente à LGPD (Lei 13.709/2018).


2) Para trocas entre operadoras e prestadores (saúde suplementar – Padrão TISS)
  • Adoção do Padrão TISS (obrigatório), que define processos, mensagens, conteúdo/estrutura, comunicação e segurança/privacidade.

  • Assinatura digital ICP-Brasil nas mensagens eletrônicas (para garantir autoria, integridade e validade jurídica).

  • Canais de integração: disponibilização de webservices e/ou portal TISS para a rede credenciada.

  • Padronização semântica: uso de vocabulários e tabelas de referência (AMB, ANVISA etc.) previstos no TISS.


3) Assinaturas e validade jurídica (quando aplicável)
  • Assinaturas eletrônicas com base na ICP-Brasil (MP 2.200-2/2001) quando exigida validade jurídica do documento eletrônico.


Quais os desafios da interoperabilidade?

Embora a interoperabilidade mínima crie canal de fluxo de dados, muitos obstáculos persistem:

  1. Fragmentação de dados: mesmo com padrões mínimos, os sistemas podem usar formatos proprietários internamente, dificultando exportações e importações completas.

  2. Qualidade dos dados: registros incompletos, inconsistências e falta de padronização comprometem a utilidade dos dados trocados.

  3. Governança e consentimento: definir quem pode acessar, em que contexto e com que controle.

  4. Segurança e privacidade: ampliar a interoperabilidade aumenta a superfície de ataque, exigindo medidas robustas de criptografia, autenticidade e controle.

  5. Cultura organizacional e capacitação: muitas instituições operam fragmentadas — adotar práticas integradas exige mudança de mentalidade e treinamento.

Como desenvolver ainda mais a interoperabilidade?

Depois de cumprir os requisitos mínimos, cabe às organizações que operam com prontuários eletrônicos avançarem para:

  • Interoperabilidade semântica: garantir que os dados trocados não só fluam, mas sejam compreensíveis em diferentes contextos (uso de terminologias padronizadas, códigos e ontologias compartilhadas).

  • Integrações com ecossistemas digitais: conectar prontuários a módulos de prescrição eletrônica, teleconsulta, laudos externos e sistemas de imagem.

  • Análise preditiva e suporte à decisão clínica: cruzar dados clínicos, administrativos e operacionais para gerar alertas, identificar padrões e auxiliar profissionais.

  • Interoperabilidade dirigida ao paciente: permitir que o paciente acesse seu histórico de forma segura, integrada e em diferentes plataformas.

  • Fluxos automatizados e inteligentes: eliminar redundâncias, sincronizar atualizações em tempo real e reduzir esforços manuais de troca de dados.

Em paralelo, projetos de integração mais ampla serão construídos, como a iniciativa anunciada em 2025, na qual a saúde suplementar passa a enviar dados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), viabilizando que historicamente atendimentos de planos sejam visualizados no ambiente do SUS.

A interoperabilidade regulada abriu caminho para que dados fluam entre diferentes pontos da rede de saúde, mas seu cumprimento é apenas o ponto de partida. O verdadeiro valor está em transformar o prontuário eletrônico em um instrumento estratégico, capaz de integrar informações clínicas, administrativas e financeiras.

O prontuário eletrônico da Tivita é construído exatamente com essa visão. Ele vai além do mínimo exigido pela ANS ao permitir a integração com prescrição digital, automação de convênios via agente digital Tais e relatórios inteligentes que apoiam a tomada de decisão.

Ao reunir dados clínicos e operacionais em um só ambiente, oferece não apenas conformidade regulatória, mas também eficiência, segurança e uma experiência diferenciada para o paciente. Entre em contato por meio so "Saiba mais" e descubra como coloca a gestãod a sua clínica no piloto automático.

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