Quase 14% dos profissionais da saúde nos EUA estão endividados, entenda como a tecnologia pode mudar esse cenário.
Tempo de leitura · 1 min
Seja médico, fisioterapeuta, dentista ou psicólogo, o profissional da saúde carrega a grande responsabilidade de cuidar da saúde dos outros. No entanto, apesar da importância social e da formação técnica altamente especializada, muitos enfrentam dificuldades em um aspecto decisivo para o sucesso na carreira: a gestão financeira.
E não se trata apenas de lucro ou investimentos. Saber lidar com finanças é essencial para manter clínicas e consultórios funcionando, equilibrar vida pessoal e profissional, prevenir endividamento e até evitar o esgotamento mental causado pela instabilidade econômica. Com o crescimento do empreendedorismo entre profissionais da saúde e o aumento das demandas administrativas nos atendimentos particulares, entender de finanças deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade.
Endividamento crescente entre profissionais da saúde
Um estudo publicado em maio de 2024 pelo JAMA Health Forum revelou que 13,9% dos profissionais da saúde nos Estados Unidos estão endividados especificamente por conta de despesas médicas, número superior ao da população geral (11,1%). Além disso, 26,7% relataram dívidas educacionais, com média de US$ 10.642 por pessoa, um total estimado em US$ 134,4 bilhões.
Essas dívidas impactam diretamente a qualidade de vida e as decisões de carreira: muitos profissionais acabam evitando áreas com menor remuneração, como atenção básica ou saúde pública, além de relatarem queda na motivação e estresse financeiro crônico. Embora o estudo tenha como foco os EUA, ele aponta para uma realidade que também se reflete no Brasil, especialmente entre profissionais autônomos, que enfrentam desafios financeiros diários sem o respaldo de instituições públicas ou grandes hospitais.
A realidade financeira do profissional da saúde no Brasil
No cenário nacional, a dependência da iniciativa privada é significativa. Segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil 2023, da Associação Médica Brasileira em parceria com a USP, 63,5% dos médicos atuam na rede privada, sendo 26,3% exclusivamente em consultórios ou clínicas próprias.
No entanto, mesmo diante dessa realidade empreendedora, a formação acadêmica dos profissionais da saúde segue deixando de lado competências essenciais como finanças, precificação e gestão. Isso contribui para uma série de equívocos práticos: misturar finanças pessoais com empresariais, ignorar o fluxo de caixa ou calcular honorários de maneira subjetiva, sem considerar custos fixos, impostos e margem de lucro.
A consequência? Clínicas financeiramente instáveis, profissionais endividados e, em casos extremos, burnout. Um estudo da UERJ publicado na Frontiers in Psychiatry mostrou que 70% dos médicos relataram sintomas de exaustão emocional durante a pandemia, sendo a instabilidade financeira um dos principais gatilhos.
O que é gestão financeira na prática?
Fazer uma boa gestão financeira vai muito além de “fechar o mês no azul”. Envolve:
Planejamento orçamentário: prever receitas e despesas, além de definir metas financeiras reais.
Controle de fluxo de caixa: acompanhar entradas e saídas para tomar decisões com base em dados.
Gestão de inadimplência: adotar políticas claras para evitar atrasos e prejuízos.
Precificação inteligente: definir valores de serviços com base em custos, carga horária e posicionamento de mercado.
Separação de contas pessoais e profissionais: essencial para análise precisa e tomada de decisões.
Análise periódica: transformar números em informações estratégicas.
Como a tecnologia pode ajudar?
Soluções digitais como a Tivita, uma fintech especializada em automação para clínicas e consultórios, têm revolucionado a gestão financeira no setor. A plataforma permite automatizar agendamentos, controle de caixa, cobranças, emissão de notas fiscais e análise de indicadores — tudo em um só lugar.
Ao eliminar tarefas operacionais repetitivas, o profissional ganha mais tempo para o atendimento e reduz significativamente o risco de erros financeiros. Mais do que isso: adotar tecnologia é um passo concreto para profissionalizar a gestão e garantir que a clínica funcione como um negócio sólido e sustentável.
Dicas práticas para começar hoje
Organize suas finanças. Use ferramentas digitais para registrar entradas e saídas com clareza.
Crie uma conta bancária PJ. A separação é a base da organização.
Defina seu pró-labore. Isso ajuda a manter a previsibilidade da sua vida financeira pessoal.
Monitore indicadores. Acompanhe mensalmente dados como inadimplência, faturamento e ticket médio.
Reinvista com estratégia. Mantenha um percentual dos lucros voltado para melhorias estruturais e capacitação.
O dado de que quase 14% dos profissionais da saúde estão endividados por despesas médicas é um alerta para a importância urgente da educação financeira no setor. Em um mercado cada vez mais competitivo, cuidar das finanças é uma forma de garantir liberdade, estabilidade e qualidade de vida.
A boa notícia é que você não precisa fazer isso sozinho: com a ajuda de plataformas como a Tivita, é possível transformar a gestão financeira de uma dor de cabeça em uma vantagem estratégica.

Escrito por
Júlia Putini
Especialista em conteúdo e marketing da Tivita.