A inteligência artificial está deixando de ser tendência para se tornar realidade no setor de saúde. Veja como clínicas podem se beneficiar e por que a adoção de IA na gestão financeira pode ser o próximo passo decisivo para profissionais da área.
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A inteligência artificial (IA) está transformando a maneira como clínicas, consultórios e grandes instituições de saúde operam. Antes restrita a laboratórios de pesquisa ou aplicações altamente especializadas, a tecnologia já está presente no dia a dia de profissionais da saúde, inclusive em tarefas administrativas e de gestão.
Segundo o relatório Healthcare AI Adoption Index, publicado pela Bessemer Venture Partners em 2024, 70% dos pagadores e prestadores de serviços de saúde já estão adotando ou avaliando a implementação de soluções com IA generativa. O número impressiona e confirma o que o mercado já pressentia: a saúde está entrando de vez na era da inteligência artificial.
Muito além do diagnóstico: a IA na gestão clínica
Quando se fala em IA na saúde, é comum pensar em diagnósticos por imagem, robôs cirúrgicos ou assistentes virtuais para triagem de pacientes. Mas a revolução não está acontecendo apenas dentro dos consultórios, mas também está no backoffice.
O mesmo relatório aponta que mais de 60% dos executivos de farmacêuticas e prestadores de serviços já desenvolvem casos de uso de IA para fins administrativos, como automação de processos, controle de dados financeiros, agendamento inteligente e gestão de reembolsos. Ou seja: a IA está sendo usada para tornar o sistema mais eficiente, reduzir custos e criar tempo para os profissionais desenvolverem outras atividades.
Esse movimento acompanha uma transformação cultural e tecnológica: com os prontuários eletrônicos amplamente implementados nos últimos anos, as clínicas agora possuem dados estruturados que podem ser analisados e transformados em insights práticos por algoritmos.
Por que clínicas e consultórios não podem ficar de fora?
Mesmo clínicas de pequeno e médio porte podem (e devem) aproveitar essa onda. Ignorar a IA hoje é abandonar vantagens competitivas importantes:
Automação de tarefas repetitivas: envio de lembretes, controle de inadimplência, organização de agenda e emissão de notas fiscais podem ser feitos com mais precisão e economia.
Previsão financeira: IA permite projetar receitas e despesas com base em dados históricos e sazonalidade, o que aumenta a segurança na tomada de decisões.
Análise de desempenho: dashboards com IA conseguem identificar gargalos no atendimento, variações no faturamento e oportunidades de crescimento.
Além disso, há um fator decisivo: a IA democratizou o acesso à inteligência de dados, ou seja, não é mais necessário ter uma equipe de TI ou analistas especializados. Ferramentas modernas entregam soluções prontas, simples de usar e com alto impacto na operação.
A gestão financeira como porta de entrada para a IA
Um dos caminhos mais viáveis e rentáveis para começar a usar IA no setor de saúde é a gestão financeira automatizada. Isso porque o controle de receitas, despesas, inadimplência e emissão de documentos fiscais é uma das tarefas mais críticas (e trabalhosas) na rotina de clínicas e consultórios.
Ao adotar soluções como a Tivita, que automatiza e centraliza a gestão financeira, o profissional da saúde não apenas ganha mais tempo e reduz erros, como também abre espaço para análises mais estratégicas. Dentre as funcionalidades que a plataforma da Tivita oferece está a Inteligência Financeira, que gerar relatórios e fazer conciliação bancáriaem tempo real, além de possibilitar o controle detalhado de pagamentos.
Essa inteligência aplicada é essencial em um momento em que muitos profissionais da saúde enfrentam desafios financeiros — incluindo altos índices de endividamento, como mostrou estudo recente do JAMA Health Forum, que revelou que 13,9% dos trabalhadores da saúde nos EUA possuem dívidas médicas, e 26,7% enfrentam dívidas educacionais elevadas.
Oportunidade ou risco?
Com 38% de todo o capital de investimento em health tech sendo direcionado às soluções com IA, segundo o mesmo estudo da Bessemer, o mercado já decidiu para onde está indo. A pergunta agora é: sua clínica vai acompanhar essa transformação ou ficar para trás?
O cenário aponta para uma divisão clara: instituições e profissionais que usam dados e automação para tomar decisões com mais precisão tendem a crescer e se destacar. Os que ignorarem essa realidade poderão enfrentar mais dificuldades financeiras, operacionais e estratégicas.
A inteligência artificial já faz parte do presente da saúde. E sua aplicação vai muito além do atendimento: ela é hoje uma ferramenta essencial para clínicas que desejam profissionalizar sua gestão, prevenir perdas financeiras e tomar decisões com mais segurança.

Escrito por
Júlia Putini
Especialista em conteúdo e marketing da Tivita.