Evite prejuízos e valorize seu trabalho com uma precificação justa, sustentável e estratégica para sua clínica ou consultório.
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Saber quanto cobrar por um atendimento é uma das maiores dúvidas de médicos, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas e outros profissionais da saúde que atuam como autônomos ou possuem consultórios próprios.
A precificação incorreta pode gerar dois grandes problemas: se você cobra menos do que deveria, desvaloriza seu serviço, compromete a saúde financeira do consultório e corre o risco de trabalhar muito e ganhar pouco. Se cobra acima do que o mercado aceita, afasta pacientes e perde competitividade.
De acordo com o IBGE, mais de 27% dos profissionais de saúde no Brasil trabalham como autônomos, o que reforça a importância de entender não só de saúde, mas também de finanças e gestão.
Neste artigo, você vai aprender como calcular corretamente o preço do seu atendimento, com critérios objetivos, dados reais e estratégias práticas.
Por que é tão difícil precificar na área da saúde?
Diferente de produtos físicos, os serviços de saúde são intangíveis e muito personalizados. Além disso, muitos profissionais chegam no mercado sem qualquer formação em gestão ou finanças, o que torna o processo de precificação algo nebuloso, cheio de dúvidas e, muitas vezes, baseado em achismos.
E aqui vai uma realidade dura, mas importante: não é o mercado que define seu preço. É o equilíbrio entre seus custos, seu posicionamento e o valor que você entrega.
Passo a passo para definir quanto cobrar por seu atendimento
Calcule seus custos fixos e variáveis
Se você tem um consultório, seus custos fixos incluem: aluguel da sala, água, luz, internet, contador, plataforma de prontuário eletrônico ou automação (como a Tivita), salário de secretária (se houver), licenças (CRM, CRO, CREFITO, etc).
Custos variáveis são aqueles que mudam conforme o número de atendimentos, como materiais descartáveis, luvas, máscaras, lençóis, EPIs e taxas de cartão ou plataformas de pagamento.
Exemplo real: Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising Saúde, Beleza e Bem-Estar (ABF), o custo fixo médio de um pequeno consultório no Brasil gira entre R$ 6 mil e R$ 15 mil mensais, dependendo da região).
Defina seu pró-labore
Você não trabalha de graça. Defina quanto você deseja (ou precisa) ganhar por mês.
Pergunte-se:Quanto seria um salário justo para o seu tempo, sua formação e sua experiência?
Estime sua capacidade de atendimento
Quantos pacientes você consegue atender por dia?
Quantos dias na semana você deseja trabalhar?
Considere também folgas, férias e eventuais faltas.
Exemplo:
Se você atende 5 pacientes por dia, 20 dias no mês, são 100 atendimentos mensais.
Siga essa fórmula simples e funcional de precificação:
Preço mínimo do atendimento = (Custos fixos + pró-labore + custos variáveis) ÷ número de atendimentos no mês
Exemplo:

Se quiser margem de lucro ou reinvestimento, ajuste para cima.
Analise o mercado, mas não copie
Consulte valores praticados por profissionais da sua região, mas não baseie seu preço só nisso. Cada clínica tem realidades e custos diferentes.
Segundo o site Pro Doctor, os preços médios de uma consulta particular no Brasil variam assim:
Clínica geral: entre R$ 200 e R$ 500
Psicologia: entre R$ 120 e R$ 350
Fisioterapia: entre R$ 80 e R$ 200 por sessão
Odontologia: procedimentos simples de R$ 150 a R$ 400, podendo ultrapassar R\$ 1.500 em tratamentos complexos.
Considere seu posicionamento de mercado
Se você oferece uma experiência diferenciada (sala confortável, menor tempo de espera, atendimento humanizado, tecnologia de ponta) seu preço pode e deve refletir isso.
Pacientes não pagam só pelo atendimento técnico. Eles pagam por confiança, segurança, acolhimento e experiência
Dicas extras para sua precificação ser sustentável
Revise seus custos pelo menos a cada 6 meses. A inflação impacta diretamente seu aluguel, materiais e serviços. Segundo o IPCA acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2025), a inflação brasileira ficou em 3,89%.
Considere pacotes ou programas de acompanhamento, que oferecem mais previsibilidade financeira tanto para você quanto para o paciente.
Utilize automações, como as da Tivita, para reduzir custos operacionais e contar com o painel de inteligência financeira que elabora em tempo real gráficos e faz análises das finanças da sua clínica.
Precificar corretamente não é sobre cobrar mais ou menos, mas sim sobre cobrar de forma justa, sustentável e alinhada com seus objetivos pessoais e profissionais.
Uma clínica financeiramente saudável não depende só de agenda cheia, mas de uma gestão inteligente, que começa na formação dos preços.
Se você quer entender como a Tivita pode ajudar sua clínica a economizar tempo e dinheiro, entre em contato com nosso time de soluções.

Escrito por
Equipe Tivita
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