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7 de nov. de 2025

Blackfriday na saúde: é ético?

Blackfriday na saúde: é ético?

É possível fazer promoções de serviços sem violar os códigos de ética? Entenda o que dizem os conselhos profissionais e como se posicionar estrategicamente.

Tempo de leitura · 1 min

Escrito por ·

Júlia Putini

Mulher observa uma tela com a mensagem “Black Friday” em um ambiente corporativo. A imagem pode ilustrar campanhas promocionais para clínicas que utilizam a plataforma Tivita, destacando oportunidades de otimizar a gestão durante períodos de alta demanda.
Mulher observa uma tela com a mensagem “Black Friday” em um ambiente corporativo. A imagem pode ilustrar campanhas promocionais para clínicas que utilizam a plataforma Tivita, destacando oportunidades de otimizar a gestão durante períodos de alta demanda.
Mulher observa uma tela com a mensagem “Black Friday” em um ambiente corporativo. A imagem pode ilustrar campanhas promocionais para clínicas que utilizam a plataforma Tivita, destacando oportunidades de otimizar a gestão durante períodos de alta demanda.

Novembro chegou e, com ele, uma das datas comerciais mais aguardadas do ano. Enquanto o varejo tradicional se prepara para ofertas agressivas, profissionais da área da saúde enfrentam um dilema: é ético oferecer descontos em consultas, exames ou procedimentos durante a Black Friday?

A resposta exige uma análise cuidadosa das normas que regem cada profissão, porque o que pode parecer uma estratégia inteligente de captação pode, na verdade, configurar infração ética grave.


O que dizem os códigos de ética profissionais

O Código de Ética Médica (CEM) é explícito ao vedar práticas de mercantilização da medicina. O artigo 58 proíbe o uso de estratégias de marketing que promovam autopromoção excessiva ou que transformem o exercício profissional em mero comércio.

Para médicos, oferecer "50% de desconto em consultas" ou "compre 3 sessões e ganhe 1" está fora de questão. O Conselho Federal de Medicina (CFM) já se posicionou diversas vezes contra esse tipo de abordagem, argumentando que a relação médico-paciente não pode ser equiparada a uma transação comercial comum.

A situação se repete em outras categorias. O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por exemplo, orienta que a divulgação de serviços deve priorizar o caráter informativo e educativo, evitando apelos sensacionalistas ou promessas de resultados. Promoções típicas de Black Friday podem ser interpretadas como sensacionalismo.

Já profissionais como nutricionistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos seguem diretrizes semelhantes de seus respectivos conselhos, que desencorajam práticas que reduzam o valor percebido do serviço prestado ou que possam induzir pacientes a decisões precipitadas motivadas apenas pelo preço.


Onde está a linha entre oportunidade e infração?

A questão central não é se você pode ou não trabalhar estratégias comerciais em novembro. A questão é como fazer isso respeitando os limites éticos da sua profissão.

Algumas práticas são claramente vedadas:

  • Anunciar "megadescontos" ou "ofertas imperdíveis" para procedimentos de saúde

  • Criar senso de urgência artificial ("últimas vagas com desconto!")

  • Comparar preços com concorrentes ou destacar valores como principal diferencial

  • Oferecer brindes ou vantagens que não tenham relação direta com o cuidado ao paciente

Por outro lado, existem abordagens que podem ser adotadas dentro da legalidade:

  • Facilitar o acesso com condições de pagamento diferenciadas (parcelamento sem juros, por exemplo)

  • Lançar pacotes de acompanhamento contínuo que representem economia ao longo do tempo

  • Investir em comunicação educativa sobre a importância de cuidados preventivos

  • Destacar diferenciais técnicos, estrutura e qualificação profissional

A chave está em nunca colocar o preço como protagonista da sua comunicação. Marketing na área da saúde exige sutileza e foco na experiência, não no apelo comercial puro.


Como aproveitar novembro sem ferir a ética

Se você quer usar o período de maior movimentação comercial do ano para fortalecer sua presença, existem caminhos mais seguros e, paradoxalmente, mais eficazes.

Primeiro, invista em conteúdo relevante. Novembro é um ótimo momento para falar sobre prevenção, autocuidado e preparação para o ano seguinte. Educar gera muito mais autoridade do que tentar competir por preço.

Depois, otimize sua presença digital. Muitas pessoas aproveitam o fim do ano para pesquisar profissionais e agendar atendimentos para janeiro. Estar bem posicionado nas buscas pode trazer resultados consistentes sem precisar recorrer a promoções duvidosas.

Além disso, também revise sua estrutura de custos. Se você sente que precisa reduzir valores para atrair pacientes, talvez o problema não esteja no preço, mas na percepção de valor que você entrega. Reduzir despesas operacionais pode dar margem para praticar valores mais competitivos o ano inteiro, sem depender de ações pontuais.

Por fim, trabalhe a experiência desde o primeiro contato. Novembro traz um volume maior de interações digitais. Ter processos bem estruturados para responder dúvidas, confirmar agendamentos e oferecer um atendimento humanizado faz toda diferença na conversão e fidelização.


Ética é estratégia de longo prazo

A tentação de surfar na onda da Black Friday existe, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo. Mas transformar atendimento em mercadoria barata não resolve problemas estruturais de captação ou lucratividade.

Construir uma marca sólida, investir em diferenciação técnica, melhorar processos internos e oferecer uma experiência memorável são estratégias que funcionam durante o ano inteiro — não apenas em novembro.

Se você busca crescimento sustentável, a resposta não está em promoções relâmpago, mas em gestão consistente e planejamento financeiro estratégico que permitam praticar valores justos sem comprometer sua reputação profissional.

Continue lendo: Descubra como atrair e reter os melhores profissionais para sua equipe e construa um time de alto desempenho que fortalece sua reputação no mercado.

Escrito por

Júlia Putini

Especialista em conteúdo e marketing da Tivita.

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