Para atingir equilíbrio nas finanças é preciso entender entender onde o dinheiro nasce, quando ele de fato entra no caixa e como cada etapa do atendimento impacta o faturamento. Veja como organizar esse fluxo com clareza.
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Escrito por ·
Júlia Putini
A gestão financeira de uma clínica vai além do total de atendimentos realizados no mês. Ela depende da capacidade de transformar cada etapa da operação em previsibilidade, o que começa pela compreensão de um ponto essencial: faturar não é receber. Quando esses conceitos se misturam, o gestor perde visibilidade sobre o caixa real e corre o risco de tomar decisões baseadas em expectativas e não em números concretos.
Faturar significa registrar o atendimento, conferir informações, formalizar valores e emitir a cobrança. Receber, por sua vez, é quando o dinheiro entra efetivamente no caixa. Entre uma etapa e outra pode existir um intervalo significativo, especialmente em operações que atendem convênios. Nesse percurso, divergências de registro, falta de conferências ou inconsistências em guias podem atrasar a entrada de recursos.
Esse descompasso é um dos principais motivos de incerteza financeira. Um mês pode ter tido alto volume de atendimentos, mas parte desse faturamento pode ficar pendente devido a revisões, glosas ou conferências incompletas. O resultado é um caixa que não reflete o esforço da equipe e uma margem que parece menor do que realmente é.
É preciso ter em mente também que o fluxo financeiro não começa no faturamento, e sim na agenda. Se informações como modalidade, valor do atendimento, convênio, autorização, profissional e horário não forem registradas de forma consistente, toda a cadeia subsequente será impactada. Acompanhar indicadores mensalmente e usar dados na organização da agenda são duas maneiras de manter a organização dessa etapa.
Além disso, a gestão de ausências influencia diretamente o recebimento. Não contar com um lembretes automáticos e confirmação de agendamento aumenta o índice de não comparecimento e reduz a receita projetada para o mês. Quando a operação trabalha com lembretes estruturados e acompanhamento de retornos, as ausências diminuem e o fluxo de caixa ganha estabilidade.
No faturamento de convênios, o intervalo até o recebimento é naturalmente maior. Envolve conferências, envio de guias, análises e possíveis ajustes. No entanto, automatizar esse processo reduz drasticamente glosas por erros simples, como códigos divergentes, dados incompletos, falta de validação prévia, que podem travar o recebimento e comprometer o planejamento financeiro da operação.
Quando o gestor entende que faturamento é registro e recebimento é caixa, passa a monitorar cada um separadamente. Isso permite análises mais realistas, projeções de receita mais precisas e decisões de investimento menos arriscadas. Assim, é possível evitar crises antes que elas apareçam.
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Escrito por
Júlia Putini
Especialista em conteúdo e marketing da Tivita.
















